Jornalista fala da relação da imprensa com o Judici rio

Em Gramado/RS, Frederico Vasconcelos fala sobre a investigação Jornalística sobre o Judiciário


Segunda-feira, 14 de novembro de 2005.

O segundo trabalho científico desta segunda-feira, foi a conferência "A Investigação Jornalística sobre o Judiciário" realizada pelo jornalista especial da Folha de São Paulo, Frederico Vasconcelos.
Frederico é o autor do livro "Juízes no banco dos réus", da Editora Publifolha.

Segundo ele, duas reações têm acontecido após a publicação de seu último livro: muitos convites para refletir sobre o tema e o recebimento de cartas e e-mails, de todos os estados brasileiros, com pedidos de investigação sobre casos de corrupção.

Vasconcelos explicou que seu foco no livro foi a Justiça Federal. Para ele, que trabalha há 26 anos no jornalismo, a Justiça do Trabalho é vista pela imprensa e pela sociedade como uma Justiça menor, um grande indicativo de que a comunicação entre essas duas pontas não tem possui a fluência necessária.

O jornalista explicou para os congressistas que o profissional de comunicação tem a função de publicar aquilo que é interesse público. "Mas, diante disso, surge uma pergunta: o que é interesse público?", diz Vasconcelos. Ele faz questão de salientar que repórter não é policial, portanto investigação jornalística não é investigação policial.

Em sua conferência, Frederico ponderou que o principal problema do Judiciário brasileiro não é a corrupção, mas sim, a impunidade e a morosidade do andamento dos processos. Para ele, a imprensa precisa se preparar melhor cobrir o Judiciário, é preciso saber qual o circuito que um processo possui, os termos corretos, em quem buscar as informações necessárias, entre outros pontos.

A AMATRA-SP delegou para o Presidente da Associação dos Advogados Trabalhistas de São Paulo, Cláudio Luis Oliva e para a Juíza do Trabalho/SP, Luciana Carla Corrêa Bertocco a função de serem debatedores na mesa de trabalhos. O Presidente da Mesa foi o Presidente da Anamatra, José Nilton Pandelot. Compuseram a mesa de trabalhos ainda o Diretor Cultural da AMATRA-SP, Gabriel Lopes Coutinho Filho e a Diretora Social da AMATRA-SP, Tânia Bizarro Quirino de Moraes.

COMUNICAÇÃO AMATRA-SP (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.)

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