O Conselho Nacional de Justiça vai avaliar uma proposta de resolução apresentada pelo Conselheiro Lucio Munhoz que pretende fazer com que o Judiciário se refira aos cargos de sua estrutura conforme o sexo de seu ocupante. Não se trata, ao contrário do que foi feito pelo governo federal — sem muito êxito, pelo menos por enquanto — de adotar o neologismo "presidenta". O que o conselheiro José Lucio Munhoz, autor da proposta, quer é que o Judiciário abrace termos já existentes, como assessora, juíza, desembargadora e ministra, ao se referir às mesmas.
“Não raro as mulheres vinculadas ao Poder Judiciário portam documentos identificando-as como ‘juiz’, ‘ministro’, ‘assessor’, ‘diretor’, ‘supervisor’, ‘desembargador’, entre outros termos no masculino”, diz Munhoz na proposta. O conselheiro considera importante adotar uma linguagem “inclusiva”.
Para ele, “reconhecer tratamento igual nas denominações é garantir às mulheres a mesma visibilidade conferida aos homens dentro da estrutura da Justiça”. “Se nos comunicamos, expressamos e imaginamos por intermédio das palavras, a força delas pode enaltecer e a sua omissão, esconder. Não é razoável, não é justo e não é de direito ocultarmos a tão importante e qualificada presença feminina no seio do Poder Judiciário, omitindo-a nas designações e menções dos cargos ocupados”, completa.
Leia abaixo a proposta:
http://s.conjur.com.br/dl/resolucao-genero-inclusao.pdf
Com informações do Conjur