NOVA DIRETORIA DA AMATRA-2 TOMA POSSE


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Nesta quinta-feira, 14 de abril, a nova Diretoria da Associação dos Magistrados do Trabalho da 2ª Região (AMATRA-2) tomou posse em cerimônia realizada na Sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-2) de São Paulo. A chapa “Participação Democrática” foi eleita no início de abril por maioria de votos dos Associados e estará à frente da Entidade no biênio 2016-2018. 

Como Presidente, assumiu o Juiz Fábio Ribeiro da Rocha, de 35 anos, sucedendo a Juíza Patricia Almeida Ramos. Além da Diretoria Executiva tomaram posse a Comissão Disciplinar e de Prerrogativas e o Conselho Fiscal da AMATRA-2.

Em seu discurso de posse (veja íntegra abaixo), o Juiz Fábio Ribeiro relembrou sua trajetória junto à AMATRA-2. Contou que ser Juiz foi um sonho conquistado com muito empenho e afinco. “Se tornar Presidente da Associação é uma dádiva, um desafio ao qual estou preparado para enfrentar”, disse.

Ele garantiu que buscará de forma incessante a valorização interna e externa da Magistratura, “sempre com independência, combatividade e representatividade”, reforçou.

Após quatro anos presidindo a Entidade, Patricia Almeida Ramos passou o cargo para seu Vice-Presidente no biênio 2014-2016 e que foi ainda Diretor Cultural Adjunto da gestão 2012-2014.

Em seu discurso (veja íntegra abaixo), deixou uma mensagem inspiradora ao grupo: "Fizemos uma autêntica revolução. A batalha ainda não está finda, mas o caminho vem sendo percorrido institucionalmente com muita intensidade. Não deixem de acreditar e, sobretudo, de servir".

Em continuidade aos pronunciamentos, a Desembargadora Silvana Abramo, da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (ANAMATRA), parabenizou o novo Presidente e prestou homenagem às mulheres Magistradas. “Nessa gestão do trabalho temos agora quase uma maioria, estamos em pé de igualdade com os nossos colegas homens e isso não é pouca coisa para nós”.

Ao lado de Fábio Ribeiro da Rocha, presidindo a cerimônia estavam o Desembargador Wilson Fernandes, do TRT-2, a Desembargadora Silvana Abramo, da ANAMATRA, a Procuradora Suzana Leonel Martins, do Ministério Público do Trabalho, e Fabíola Marques, representando a Ordem dos Advogados do Brasil, secção São Paulo.

DISCURSO DE POSSE DO JUIZ FÁBIO RIBEIRO DA ROCHA
 
Primeiramente, cumprimento a todos os integrantes da expoente mesa na pessoa do Desembargador Doutor Wilson Fernandes

Cumprimento todos os Desembargadores presentes na pessoa da Desembargadora Doutora Maria Inês Ré Soriano

Saúdo todos os Magistrados na pessoa do grande amigo Juiz Marco Antonio dos Santos, exemplo de dedicação à Magistratura.

Agradeço o comparecimento dos servidores na pessoa de Heloysa Muratori

Por fim, cumprimento a todos os advogados, terceirizados e funcionários da Secretaria da AMATRA-2.

Hoje, ao assumir solenemente a Presidência da Associação dos Magistrados do Trabalho da 2ª Região, dirijo as primeiras palavras aos Associados.

Quero externar, neste momento, palavras de agradecimento pela votação que recebemos, o que tomo como sinal de demonstração de confiança que foi depositada em todos os membros que compõem, a Diretoria Executiva, Conselho Fiscal e nossas Comissões Temáticas e Auxiliares e que, por sua vez, nos unge com a legitimidade e com o dever de representá-los no biênio 2016/2018.

Sinto-me na obrigação de agradecer todos aqueles que integraram o nosso grupo de gestão desde 2012 e participaram da transformação na estrutura da AMATRA-2, proporcionada pela alteração substancial na forma de condução da luta coesa e independente pelos interesses da Magistratura.

Registro em meu nome e de todos os integrantes do nosso grupo de gestão, um agradecimento especial a grande amiga e nossa eterna Presidente, Patrícia Almeida Ramos, que nos últimos 4 anos à frente de nossa Associação desenvolveu um profícuo trabalho e demonstrou dedicação incansável na defesa dos interesses, direitos e prerrogativas da Magistratura. Por sua causa, todos do nosso grupo de gestão acreditaram no nosso projeto e entraram nesta árdua empreitada de corpo e alma. Parabéns pela gestão brilhante e histórica nos últimos 4 (quatro) anos a frente da Associação. Sua atuação assegurou à AMATRA-2 posição de destaque institucional no cenário nacional. Agradecemos pelo exemplo de liderança, pela coragem de não transigir
com o erro, de não se conformar com a intolerância, de registrar sua indignação perante as injustiças.

Ser Juiz foi um sonho acalentado e perseguido com muito empenho e afinco. Já se tornar Presidente da AMATRA-2 é um presente do destino, uma dádiva, um desafio que estou preparado para enfrentar com grande responsabilidade e afinco de sempre. 

Na AMATRA-2 exerci o cargo de Diretor Adjunto Cultural na gestão 2012/2014 e o cargo de Vice-Presidente na gestão 2014/2016, obtendo profundo conhecimento sobre a estrutura de nosso Tribunal, experiência associativa e amadurecimento pessoal e profissional, razão pela qual entendo estar habilitado para continuar representando nossos Associados.

O caminho que percorremos até aqui foi bastante árduo, por vezes tortuoso, porém, nunca faltou-nos a esperança e vontade de continuar nosso trabalho em prol dos interesses dos Juízes do Trabalho. Muitas conquistas foram realizadas e consolidadas em favor dos Magistrados. Os acertos são inúmeros e são vistos e sentidos diariamente por todos os Magistrados da 2ª Região. Erros aconteceram e nos esforçaremos para corrigi-los.

Em relação à Administração do nosso Egrégio Tribunal, asseguro que estaremos sempre abertos ao diálogo e dispostos a somar esforços. Desde 2012, a AMATRA-2 tem como prioridade empreender diálogo direto com a Administração do TRT-2, acompanhar as questões que tramitam pela Corregedoria Regional e manifestar, como porta voz dos anseios de nossos Magistrados, as necessárias críticas e sugestões para o bem de nossa categoria.

Entretanto, Infelizmente, em algumas poucas questões, o diálogo não foi suficiente e a manutenção da postura independente implicou na busca de soluções externas para assegurar a observância das prerrogativas e direitos da Magistratura.

Contamos com um grupo amadurecido, integrado e coeso, inclusive com 8 (oito) Magistrados Aposentados em nossa composição, formado por valiosos colegas que encontraram identidade no trabalho e em nossos ideais entre eles. 

Com transparência, ética e independência continuaremos o projeto que propusemos desenvolver desde abril de 2012, com ênfase à defesa das prerrogativas, valorização remuneratória e de vencimentos da carreira e fortalecimento institucional da AMATRA-2. 

Aprendemos que diante da crise sempre surgem melhorias. Não devemos desanimar. É este o nosso trabalho. Cabe-nos manter a serenidade e defender nossos ideais com garra e com a consciência de que é dentro de nossa esfera de atuação, com a inestimável e imprescindível participação dos Magistrados, que devem ser construídas as soluções que atendam os interesses de todos.

O desafio de estar a frente da AMATRA-2 é enorme. O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região é o maior do Brasil. É premente a necessidade de se formar um bloco coeso e homogêneo entre aqueles que integram o seu quadro. A conjugação de forças implica, inexoravelmente, em uma maior representatividade nacional e, por conseguinte, maior sucesso em nossas demandas.

O país vive momento de dificuldades econômicas e políticas, o que exige uma conduta que a AMATRA-2 sempre manteve - voz ativa, independência, luta e dedicação nas questões que dizem respeito às garantias da Magistratura.

A AMATRA-2 vem participando intensamente de diversas manifestações contra os cortes orçamentários, desproporcionais e discriminatórios, impostos à Justiça do Trabalho por meio da Lei Orçamentária Anual de 2016, enfatizando que a restrição orçamentária comprometerá o funcionamento dos órgãos de primeiro e segundo graus.

O objetivo é chamar a atenção para os prejuízos que vêm sofrendo não apenas os órgãos da Justiça do Trabalho, mas principalmente todos os que demandam a ela, que, predominantemente, recebe ações de trabalhadores reclamando de obrigações não cumpridas pelo empregador.

O resultado da desproporcional intervenção no orçamento da Justiça do Trabalho já revela, a propósito, sensíveis prejuízos para a população: construções e aluguéis de fóruns comprometidos, vagas abertas de Desembargadores, Juízes e Servidores, que lamentavelmente estão sem reajuste há mais de uma década, que não se podem preencher, horários de atendimento aos jurisdicionados reduzidos em vários Regionais do Trabalho, são apenas alguns dos resultados da intervenção no orçamento do Judiciário Trabalhista.

A AMATRA-2 engajará todos os esforços, pelo apreço que tem aos pilares democráticos e republicanos que sustentam a atual ordem constitucional, para obter providência jurisdicional capaz de restabelecer, para a Justiça do Trabalho e para os seus milhões de jurisdicionados, dignidade e justiça orçamentária.

Reitero o compromisso de perseguir as distorções entre Magistrados Ativos e Aposentados, lutar pelo pagamento dos passivos e pelo retorno do ATS. O restabelecimento do Adicional por Tempo de Serviço (ATS) é uma prioridade para a Entidade e o caminho mais seguro para garantir a isonomia entre os Magistrados.

Para o ano de 2016 há previsão nacional de retomada da luta pela recomposição do ATS. A AMATRA-2 estará junto nessa batalha que representa, sobretudo, a consagração da valorização de nossa carreira e o fim do abismo remuneratório existente entre os Magistrados Aposentados e os Magistrados no exercício da Jurisdição.

Além disso, é importante registrar que o aumento de ações trabalhistas ajuizadas em todas as Varas do Trabalho do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região e a redução do número de Magistrados e Servidores nas respectivas unidades judiciárias vêm comprometendo a efetividade da prestação jurisdicional e, por conseguinte, podem trazer impacto no atingimento das metas fixadas pelo CNJ.

Ainda, atualmente o número de Magistrados e Servidores no âmbito do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região é insuficiente para cumprir as metas exigidas, inclusive com relação aos processos em fase de execução.

E mais, o aumento da demanda e o quadro insuficiente de Magistrados e Servidores vêm comprometendo a qualidade e celeridade da prestação jurisdicional e ocasionando o aumento de licenças saúde, uma vez que tais funcionários estão trabalhando no limite de suas capacidades físicas e mentais.

Não há dúvida que todos os Magistrados têm interesse em realizar o maior número de audiências possíveis sob sua responsabilidade e, cotidianamente, se empenham para esse fim, com o intuito de atingir as metas estabelecidas.

Para isso, o fornecimento de estrutura adequada de material e de pessoal deve preceder à fixação de qualquer meta, para que ela não se torne inatingível.
Não se discutem os benefícios da fixação de metas de trabalho, ainda que seus critérios possam ser questionados. Todavia, discorda-se do tratamento da questão sob a ótica de falta de estrutura, especialmente servidores, para cumpri-las.

A função essencial do Magistrado não é fazer números, mas JUSTIÇA, pois por trás de cada processo há um cidadão à espera da análise do seu caso individual.

A participação de todos é a nossa aposta democrática. Sempre haverá pessoas dispostas a doar parte da sua vida à mobilização e à luta por um mundo mais justo e equilibrado, por pior que seja o momento ou contexto. 

Buscaremos de forma incessante a valorização – interna e externa – da Magistratura, sempre com independência, combatividade e representatividade. 

A Diretoria da AMATRA-2, eleita democraticamente pela maioria de seus respectivos Associados, continuará atuando na defesa dos interesses da Magistratura e no cumprimento das determinações legais e institucionais.

Agradeço à minha Milena, que me escolheu como companheiro, pelo amor incondicional, cumplicidade, tolerância, paciência, solidariedade, compreensão, coragem, sobretudo pela história comum, construída a cada dia, pelo apoio em todos os projetos de vida que traçamos e executamos juntos em mais de uma década, fonte de minha inspiração e dedicação, pelo incentivo e pela constante motivação.

Milena. “Não sou jovem o bastante para saber tudo, mas ao olhar para o seu rosto lindo e ao ouvir a sua voz e as suas risadas, tenho certeza de que a sua pureza, a sua naturalidade, os seus gestos, os seus sonhos e o seu coração ensinam-me mais a cada novo dia”. 

Por fim, é preciso CONTINUAR com passos firmes e na mesma direção para AVANÇAR.
JUNTOS PELA AMATRA-2 QUE QUEREMOS.
Obrigado a todos pela atenção.

DISCURSO DA JUÍZA PATRICIA ALMEIDA RAMOS

É com muita emoção que ora realizo meu último pronunciamento como Presidente da Associação dos Magistrados do Trabalho da Segunda Região – AMATRA-2. 

Esse dia parecia que nunca ia chegar. 

Mas eis que estamos aqui. Eu fazendo uma força danada para não chorar na frente dos Senhores. Por dentro, entretanto, as lágrimas não param e as emoções são mistas.

Dentro do maremoto pelo qual estou passando agora, sinto orgulho e felicidade pelo dever cumprido, certo pesar por deixar a razão da minha existência durante muito tempo, além de, não posso deixar de dizer, um pouco de alívio. 

Choro de satisfação por passar tal missão tão nobre para pessoas extremamente compromissadas e competentes que ora serão lideradas pelo querido colega Juiz Fabio Ribeiro da Rocha, incansável companheiro de todas as jornadas.

Há quatro anos eu tive a honra de ser escolhida pelo Grupo Participação Democrática para capitanear um projeto político que mais se assemelhava a um sonho. Mal sabia eu, àquela época que, a partir do meu “sim”, eu estava, por certo, adentrando no mais intenso desafio de minha vida: o de estar à frente da primeira e maior Associação Regional de Juízes do Trabalho do Brasil, a AMATRA-2.

Mas, além da proteção divina, eu tive muita sorte.

Sorte de encontrar as pessoas certas na hora certa.

Sorte de ter e fazer muitos amigos que sempre estiveram ao meu lado, mesmo nos momentos em que eu não demonstrava o melhor de mim.

Sorte de estar rodeada por profissionais competentes que sempre me orientaram da melhor forma.

Passados todos esses anos, resumo-os em uma só frase: Valeu a pena! Conseguimos mudar alguma coisa e, tenho certeza, por causa da consistente atuação de nosso Grupo de Gestão nestes 04 (quatro) anos, a AMATRA-2 nunca mais será a mesma. 

Para contar um pouquinho do que foi a nossa História nos biênios 2012/2014 e 2014/2016, valer-me-ei de um ensinamento proferido pelo sábio Zaratustra, imortalizado pelo filosofo Nietzche. 

Para ele, o amadurecimento ocorre quando o espírito passa por uma metamorfose que obedece 03 (três) fases de existência muitas vezes concomitante, umbilicalmente ligadas à transformação da sua essência. Nesses estágios, o espírito se muda em camelo, e o camelo em leão, e o leão, finalmente, em criança.

Explica o filosofo que muitas coisas podem parecer pesadas ao espírito, ao espírito robusto e paciente, e todo imbuído de respeito; a sua força reclama fardos pesados, os mais pesados que existam no mundo.

Mas o espírito transformado em “besta de carga” toma para si todos estes fardos pesados; semelhante ao camelo carregado que se apressa a ganhar o deserto, assim ele se apressa a ganhar o deserto.

E ai, naquela solidão, produz-se a segunda metamorfose: o espírito torna-se leão. Pretende conquistar a sua liberdade e ser o rei do próprio deserto.

Procura então o seu ultimo senhor; será o inimigo deste último senhor e do seu último Deus; quer lutar com o grande Dragão e vencê-lo.

Qual é este grande dragão a que o espírito já não quer chamar nem de Senhor nem de Deus? O nome do grande dragão é “Tu deves”. Mas o espírito do leão diz: “Eu quero”.

“Tu deves” impede-lhe o caminho, rebrilhante de ouro, coberto de escamas; e em cada uma das suas escamas brilham em letras de outro estas palavras: “Tu deves”.

Criar valores novos é coisa para qual o próprio leão não está apto; mas a libertar-se a fim de ficar apto a criar valores novos, eis o que pode fazer a força do leão.

O que ele amava outrora como seu bem mais sagrado é o “Tu deves”. Precisa agora de descobrir a ilusão mesmo no fundo do que há de mais sagrado no mundo, a fim de conquistar depois de um rude combate o direito de se libertar deste laço; para exercer semelhante violência, é preciso ser leão.

Mas e a criança?

Há quem diga que poderá a criança fazer o que o próprio leão tenha sido incapaz? Por que deve ainda o leão que ataca tornar-se criança?

É que a criança é a inocência e o esquecimento, um novo começar, um brinquedo, uma roda que gira por si própria, primeiro móbil, afirmação santa.

Conclui Zaratustra que, para jogar o jogo dos criadores, é preciso ser uma santa afirmação; o espírito quer agora a sua própria vontade; tendo perdido o mundo, conquista o seu próprio mundo.

Estas são as três metamorfoses do espírito: camelo, leão e criança.

Os sábios ensinamentos chamam-me muita atenção porque, através dele, é possível explicar as diferentes fases que enfrentamos ao longo de nossa trajetória junto à AMATRA-2.

Como o espírito que convola em Camelo, fizemos uma autêntica revolução nas estruturas da entidade, a iniciar pelo aprimoramento dos canais de diálogo com o Associado. A transparência em nossa atuação institucional, divulgada através de boletins diários, semanais e mensais, sempre foi uma de nossas características mais contundentes. Tínhamos como lema “Portas Abertas” a todos e a publicidade de nossas atividades.

Para que esse primeiro intento fosse alcançado, a secretaria da instituição foi inteiramente reformulada, tanto através da informatização completa de seu sistema operacional, como com a renovação de grande parte do quadro de funcionários, estes hoje muito mais aptos a atender quem procura a Entidade. 

Nosso site foi habilitado para receber ferramentas úteis a possibilitar a interação completa, inclusive no que tange à realização de enquetes e assembléia virtual; maiores informações passaram a ser veiculadas não só para os Associados, mas também para que a sociedade tivesse conhecimento de nossas atividades e objetivos.

Outro ponto de grande destaque foi o resgate financeiro da AMATRA-2, alcançado por gestões firmes dos diretores vinculados à pasta, pela otimização dos gastos e pelo aluguel da sede social, o que acabou por constituir um caixa positivo, suficiente para subsidiar aos Associados, total ou parcialmente, grande parte dos eventos organizados pelas Associações Regional e Nacional, sem o auxílio de qualquer patrocínio externo.  

A sistemática da AMATRA-2 também foi alterada pela reforma de seu Estatuto. A partir de então, as deliberações em assembleia sofreram alteração em sua essência, mercê do fomento às discussões e encaminhamentos presenciais. Neste contexto, pudemos valorizar os Associados que tem uma história de vida com a Associação, fixando a redução da mensalidade para os Magistrados Aposentados com mais de 25 anos de vínculo com a Entidade.

Preocupados com o aperfeiçoamento técnico e cultural do Magistrado, a AMATRA-2 realizou uma de suas missões institucionais mais nobres, ao inovar no desenvolvimento da pasta cultural, bem como na estruturação dos eventos. Nesse período, idealizou-se Congresso da Magistratura Laboral de São Paulo; Revista Jurídica da AMATRA-2; ciclos de debates sobre temas relevantes – tanto para o Direito do Trabalho, como para a execução das atividades jurisdicionais – e que culminaram na constituição de enunciados, dentre outros encontros. Proporcionamos, ainda, o resgate da Memória dos Associados, com a criação da coluna “medalha de ouro” no jornal Magistratura e Trabalho.

Na busca da melhoria das condições de trabalho e qualidade de vida dos Magistrados, lutamos incansavelmente pela a implementação de “auxílio fixo” e “auxílio compartilhado” nas Unidades Judiciárias com mais de 1000 processos. No início, os Fóruns de Barueri e o da Barra Funda foram gradativamente agraciados com sistema. Num momento posterior, a fixação de dois juízes por vara ampliou-se para os Fóruns de São Bernado do Campo, Santos, Mogi das Cruzes e Guarulhos. A batalha ainda não está finda, mas o caminho vem sendo percorrido institucionalmente com muita serenidade.

Clamamos pela realização da “reforma administrativa” no âmbito do TRT-2, visando à realocação e melhor distribuição de servidores, com vistas à celeridade e eficiência na entrega da prestação de serviços à sociedade. Segundo se consta, as alterações estruturais no âmbito do TRT-2 estão ocorrendo e, por certo, em breve poderemos colher os frutos desse trabalho. 

Uma das maiores conquistas de nossa gestão foi norma que autoriza a nomeação dos auxiliares dos Juízes Substitutos, medida que veio a corrigir uma distorção histórica entre segmentos da carreira, possibilitando a tranquilidade e qualidade ao Magistrado Substituto na prolação de suas decisões.

Os quatro anos não ficaram marcados apenas pelos trabalhos. As confraternizações para congraçamento dos colegas trouxeram mais proximidade e cumplicidade, servindo como bálsamo para nossas agruras diárias.

Salas de convivência de Magistrados foram inauguradas ou reformadas sempre com intuito de melhor atender a todos. Atualmente contamos com 6 ambientes distribuídos pela 2ª. Região carinhosamente montados e equipados para aquele encontro no almoço ou no café da tarde. Ressalto aqui a contratação de copeiras para atuar em todos os fóruns que possuam tais espaços, bandeira esta, aliás, há tempos defendida pelo Grupo Político Participação Democrática.

Como não podia deixar de ser, o nosso espírito de Leão, num determinado momento, exsurgiu com toda a sua maestria e imponência. Com absoluta independência, arvoramos em searas não unânimes, mas que tinham como intuito a Valorização do Poder Judiciário e de seus membros, notadamente da Justiça do Trabalho.

Lutamos pela Democratização nos Tribunais. No âmbito interno, tivemos o reconhecimento do direito à Voz da AMATRA-2 nas sessões Administrativas do Tribunal Pleno e Órgão Especial. Nacionalmente, ingressamos na Campanha em prol das Eleições Diretas para o Corpo Diretivo dos Tribunais. Em nossa primeira gestão realizamos uma simulação, junto aos Associados, das eleições para a Presidência do TRT-2, iniciativa esta que foi “copiada” por várias entidades associativas. Nessa toada, tivemos o prazer de presenciar a ampliação, dentre os Desembargadores, do rol de elegíveis para a Administração do TRT-2, denotando um evidente avanço em matéria de democracia. 

A nossa gestão ficou marcada, também, pela institucionalização da pasta de prerrogativas, com a disponibilização de escritório de advocacia para atuação na defesa de todas as demandas de interesse dos Associados, individuais ou coletivas.

Embrenhamo-nos em campanhas contra a terceirização, contra o trabalho escravo e trabalho infantil, buscando sempre uma sociedade mais justa, mais igualitária.

Insurgimos contra o recente Corte do Orçamento sofrido pela Justiça do Trabalho.

Atuamos constantemente em Brasília, com visitas ao Congresso Nacional na busca pelo restabelecimento do ATS, pela consagração de direitos dos aposentados (cito o exemplo da PEC 555), pela aprovação de Projeto de Lei que cria cargos e salários no âmbito do TRT-2.
 
Ingressamos no CNJ para discussão sobre demandas de interesse dos Associados, merecendo destaque o Pedido de Providências pela fixação de critérios objetivos para as promoções por merecimento.

No dia de hoje, a AMATRA-2, amadurecida, prepara-se para a nova fase propalada por Nietzsche: tornar-se criança. Estamos diante do início de uma nova etapa, com uma nova liderança. Novas esperanças. O recomeço e, com ele, a libertação.

Findo este ciclo, só me resta agradecer! 

Agradeço a Deus estar conosco sempre, dando-nos força para continuar, menos diante dos piores cenários! 

Agradeço ao grupo Participação Democrática que acreditou em mim e apostou no meu nome, na pessoa de seu ex-presidente Carlos Roberto Husek.

Agradeço a todos os associados da AMATRA-2, nas pessoas das queridas Magistradas Maria Eulália de Souza Pires, Ana Maria Contrucci e Maria Cristina Fisch que representam todos aqueles sempre tiveram uma palavra de apoio para o nosso grupo, um ombro amigo, um puxão de orelha nos momentos certos e sábios conselhos nas horas mais críticas. “A amizade é o conforto indescritível de nos sentirmos seguros com uma pessoa, sem ser preciso pesar o que se pensa, nem medir o que se diz”.

Agradeço ao Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região – na pessoa de seu Vice Presidente Judicial Desembargador Wilson Fernandes – por ter dado ao nosso grupo a oportunidade e o espaço de atuação institucional.

Agradeço a Escola Judicial – na pessoa de sua Diretora, Desembargadora Leila Chevtchuk – pela constante parceria nos projetos, com quem firmamos um convênio histórico na formação de eventos para aprimoramento intelectual dos Magistrados e Servidores do TRT-2.  

Agradeço à ANAMATRA – na pessoa da Desembargadora Silvana Abramo, Diretora de Formação e Cultura da Entidade – tanto pelo constante apoio como pela luta aguerrida, incentivo de todos nos que trilhamos os caminhos institucionais.

Agradeço aos funcionários da AMATRA-2 por todos os momentos que passamos juntos. 

Dona Luzia, a medalha de ouro da Associação. Referência obrigatória da AMATRA-2. Devemos a ela as mais altas deferências. O desprendimento e a vida doada para o coletivo demonstram-nos uma lição de vida.

Camila, nossa “multi tarefa” –  cujas atividades eram desde consolar a Presidente da AMATRA-2 até marcar reunião com o Presidente do TST. Sua fidelidade e companheirismo ficarão para sempre guardadas em meu coração.

Raquel, a “moça do dinheiro”, uma das grandes “aquisições” da AMATRA-2; sua postura firme e a ostensiva presença de Deus no coração fizeram a diferença.

Carla, doce menina que a todos encantou com sua meiguice e ainda surpreende pela criatividade e rapidez na realização das atividades. 

Marcos, o nosso jovem aprendiz da vida. O bom humor, a humildade e a vontade de aprender levarão esse menino para longe... 

Agradeço às queridas copeiras que agora compõem o quadro de funcionários da AMATRA-2. Sem elas, morreríamos de fome e de tédio.

Agradeço de todo o coração à competente Diretoria da AMATRA-2 do biênio de 2014/2016. Cada um dos componentes do Grupo de Gestão colaborou a sua maneira para o sucesso de nossa empreitada.

Agradeço aos colegas Silvana Louzada Lamattina, Marco Antonio dos Santos, Daniel Rocha Mendes, Adalgisa Glerian, Igor Garcia, Elisa Maria de Barros Pena, Maurílio de Paiva Dias, Marcio Mendes Granconato, Rodrigo Schwartz, Maria Fernanda Silveira, Regis de Carvalho por nos darem apoio no momento em que mais precisávamos. “A rosa da profunda amizade não se colhe sem ferir a mão em muitos espinhos da contradição. No abnegar é que está o vencer de muitas resistências invencíveis ao império da vontade”.

Aos nossos Magistrados Aposentados Amador Paes de Almeida, Kowalski, Maria Luiza Freitas e o saudoso Claudio Correa externo aqui minha sincera gratidão. Com estes queridos colegas aprendemos que “Manter o coração sem rugas, ter esperanças, ser amável, generosos, alegres e reverentes: isso é derrotar o calendário”.

Agradeço às queridíssimas amigas Diana Marcondes, Juliana Grosso, Fernanda Miyata Castelo Branco, Juliana Dejavite dos Santos, Katiussia Machado, Juliana Nagase, Tatiana Maranesi, que sempre se fizeram presentes e atuantes. “Companheirismo não é estar junto apenas, é também colaborar com o outro, para que juntos possam vencer os desafios”.

Agradeço às queridíssimas Adriana Prado Lima, Aparecida de Santana, Rogéria do Amaral, Lavia Lacerda, Renata Bonfiglio, Raquel Gabbai, Magda Muniz, Cristina Ottoni, Renata Loureiro e da Anneth Konesuke, não só pelo trabalho, companheirismo e solidariedade, mas também pela sincera amizade. “A amizade desenvolve a felicidade e reduz o sofrimento, duplicando a nossa alegria e dividindo a nossa dor”.

Rendo homenagens às Desembargadoras Ivete Ribeiro e Rosana Buono, amigas queridas que estiveram ao nosso lado, inclusive nos momentos mais tormentosos. “As ‘Coisas Simples’ nunca saem de moda, assim como Carinho, Solidariedade e Amor, sempre nos encantam, falando alto ao Coração!”

Agradeço aos queridos colegas Richard Jamberg, Mauricio Marchetti, Jefferson Genta, Hermano Dantas, Gustavo Fujinohara, Rodrigo Acuio, André Dorster por toda disposição e serviços prestados.“A amizade verdadeira vai além do companheirismo, ela completa o vazio da nossa ociosidade nos fortalecendo diante das tribulações da vida”.

Agradeço aos queridos Desembargador Carlos Francisco Berardo e Fabio Moterani que, com competência impar, conduziram os rumos da complexa pasta cultural nos últimos dois anos.“A solidariedade consiste em enxergar no próximo as lágrimas nunca choradas e as angústias nunca verbalizadas”.

Querida Isabel Romeo! Não há nada que possa definir o tamanho do meu sentimento de gratidão por essa mulher guerreira, “pau para toda obra”. Exemplo para toda a vida! Com ela não há “mimimi”, meios termos, meias palavras ou meias verdades. Sem ela, nada teria sido possível. “Cada minuto leva a carga milagrosa do seu valor e o rosto da eterna juventude”

Agradeço à querida Valéria Sanchez, amiga do coração de tantos anos, por estar ao meu lado em todos os momentos. “Os verdadeiros amigos são como as estrelas no céu. Eles são mais claros nos tempos de escuridão”.

Agradeço à querida Fernanda Marchetti, que com muita coragem e dinamismo, assumiu e tocou uma das pastas mais trabalhosas da Gestão: a social. “Os ventos e as ondas estão sempre do lado dos navegadores mais competentes. O sucesso é um grande triângulo, tendo como vértices o caráter, a competência e o esforço”.

O que dizer para Fábio Rocha, Leonardo Grizagoridis, Marcelo Chamone e Farley Ferreira? Como digo carinhosamente, os meus meninos!!!
 
Foi uma honra para ter trabalhado com os colegas – que, à exceção do Farley – hoje assumem a frente da nossa Associação. Foi um período de extremo aprendizado!

A competência, a vontade e a capacidade de trabalho de cada um deles – juntos e/ou separados – é incomensurável. 

Quantos finais de semana passaram fazendo contas, analisando gráficos, elaborando minutas de propostas e de requerimentos....

Rendo a esses queridos colegas minha profunda gratidão e aproveito o ensejo para expressar minha enorme admiração por eles. Sempre estarei à disposição para o que necessitarem! “A beleza da alma reluz quando um homem suporta com dignidade um infortúnio após o outro, não porque os sinta, mas porque é um homem de disposição firme e heróica”

Faço menção, ainda, aos meus pais Antonio e Maria do Carmo, aos meus irmãos Rodrigo, Priscila, Polyana, à minha cunhada Fabiana e à minha sobrinha Rafaela. A minha família foi o meu porto seguro, minha sustentação pessoal e espiritual. Serei eternamente grata pelo incentivo e pela compreensão em face de minhas ausências para atender a causa nobre “dessa tal de AMATRA”.

A luta associativa continua agora conduzida pelo Presidente Fabio Ribeiro da Rocha, aguerrido líder, competente profissional e querido amigo.

Aos membros do novo Grupo de Gestão desejo sucesso da trajetória, muitas conquistas. Não deixem de acreditar e, sobretudo, servir!

Para finalizar, repasso aos novos dirigentes o conselho que recebi de meu avô João Alfredo de Almeida, nas palavras da poeta Gabriela Mistral que bem definiu “O Prazer de Servir”:

“Toda natureza é um anelo de serviço, serve a nuvem, serve o vento, serve o sulco. Onde houver uma arvore para plantar, planta-a tu; onde houver um erro para corrigir, corrige-o tu; onde houver uma tarefa que todos recusam, aceita-o tu.
Sê quem ire a pedra do caminho, o ódio dos corações e a dificuldade dos problemas. Há a alegria de ser sincero e de ser justo; há, porém, mais que isto, a formosa a imensa alegria de Servir.
Como seria triste o mundo se já estivesse feito, e não houvesse uma roseira para plantar, uma iniciativa para tomar!
Não te seduzam as obras fáceis. É belo fazer tudo que os outros se recusam executar. Não cometas, porém, o erro de pensar que só tem merecimento fazer as grandes obras; há pequenos préstimos que são bons: enfeitar uma mesa, arrumar uns livros, pentear uma criança.
Aquele é quem critica; este é quem destrói, sê tu quem Serve. O SERVIR não é próprio dos seres inferiores. DEUS quem nos dá o fruto e a luz. Serve. Poderia chamar-te “O SERVIDOR”. Tem seus olhos fixos em nossas mãos e nos pergunta todos os dias: “Serviste hoje?... a quem? à arvore? ao teu amigo? à tua mãe?

Sejamos todos meus queridos amigos servidores do bem maior, da coletividade.

Que Deus nos proteja SEMPRE!

Patricia Almeida Ramos





  




  



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