NOTA PÚBLICA DE DESAGRAVO

A AMATRA-2, Associação dos Magistrados e Magistradas do Trabalho da 2ª Região vem, por meio desta, demonstrar seu irrestrito apoio à associada Juíza Daniela Maria de Andrade Schwerz, diante dos fatos ocorridos no dia 23 de maio de 2023.
 
Na referida data, em audiência realizada na 3ª Vara do Trabalho de Guarulhos/SP, durante as negociações de acordo, a Magistrada esclareceu à parte Reclamante os riscos do processo. Por essa razão, a Reclamante optou por conversar com sua Advogada do lado de fora da sala.
 
Inconformado com os esclarecimentos prestados pela Juíza, o Advogado da Reclamada, Edilson Pereira Manzano, OAB/SP 440.728, levantou-se de seu assento, com o dedo em riste e, de forma agressiva, a acusou de proteger a Reclamante.
 
Ato contínuo, a Advogada da Reclamante ingressou na sala e pediu que o Advogado tivesse respeito. No entanto, foi respondida também de forma agressiva pelo advogado.

Ao ser indagado acerca da agressividade e sobre o comportamento em face de mulheres exercendo as suas funções jurisdicionais, o Procurador respondeu que a Magistrada estava “se vitimizando”.
 
Ao final, a procuradora da Reclamante pediu desculpas pelo ocorrido, momento no qual o Advogado a chamou de “idiota”.
 
Do lado de fora da sala de audiências, continuou com as agressões, que foram ouvidas pela Juíza. Assim, exercendo as suas funções jurisdicionais, notadamente com o objetivo de presidir a sessão e amparar a Advogada agredida, a Magistrada dirigiu-se à sala de espera para alertar o Advogado que tais fatos seriam registrados em ata e não seriam tolerados naquela unidade jurisdicional.
 
Registra-se que todos os fatos foram registrados em vídeo e estão disponíveis no processo nº 1000445-50.2023.5.02.0313 (https://pje.trt2.jus.br/pje-acervodigital-api/api/acervo-digital/b32a0875-f11e-4a0c-9202-3741fb5cdf79) .
 
Deve ser reforçado que tais atos refletem o desrespeito às Magistradas, Advogadas, Servidoras e Mulheres que atuam na Justiça do Trabalho, situação que não deve ser tolerada em nenhuma medida. O fato, novamente, chama a atenção para necessidade de respeito e defesa inegociável às mulheres no âmbito do Poder Judiciário.
 
Dessa maneira, a AMATRA-2 vem, por meio desta, apoiar a associada Juíza Daniela Maria de Andrade Schwerz, bem como todas as mulheres que sofrem situações de desrespeito e preconceito diariamente. O respeito às mulheres trata-se de questão sensível à Associação, que sempre atuará, sem medir esforços, em prol das mulheres.
 
Diretoria da AMATRA 2.

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